Inclusão escolar
Em resumidas contas, antes do século XX não existia a idéia de inclusão, a maioria das pessoas principalmente mulheres, deficientes físicos e mentais, de outras etnias ou pobres não tinha o direito ou as condições mínimas para freqüentarem a escola Mas já no século XX começa a chamada segregação. Mais pessoas tem acesso à escola, porém dificilmente se misturam com os alunos representantes da classe dominante.
Na segunda metade do século surgem as “escolas especiais” que atendem crianças “deficientes” e mais tarde as classes especiais dentro das “escolas comuns”. Surge assim uma aberração pedagógica, a separação de dois sistemas educacionais, por um lado à educação comum e do outro lado a educação especial.
Já na década de 70, aparece a integração. As escolas comuns aceitavam alguns alunos, antes rejeitados ou marginalizados, desde que conseguissem adaptar-se o que raramente acontecia.
Finalmente chegamos aos anos 90, e com eles a inclusão. Só há um tipo de educação, e ela é para todos sem restrição nem separação.
A inclusão começou como um movimento de pessoas com deficiência e seus familiares na luta pelos direitos de igualdade na sociedade. E como a maioria desses direitos começa a ser conquist5ado a partir da educação.
Inclusão é “estar com o outro e cuidar uns dos outros”, dizer: “seja bem vindo!”. Inclusão trata de como nós lidamos com a diversidade, com a diferença de uma maneira positiva o que também deve acontecer na escola.
A inclusão escolar se prioriza na educação especial que é o ato de incluir pessoas portadoras de necessidades especiais na plena participação de todo o processo educacional. Só que aqui não estamos falando de “educação especial”, todos nós aqui fazemos parte da “educação”, não havendo a necessidade de uma outra educação, somente um cuidado especial com a eliminação de barreiras arquitetônicas, pedagógicas e conceituais; assim como ressaltar a prática de ensino adequado às particularidades, como o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do código Braile, uso de recursos de informática, e outras ferramentas e linguagens, mas sem discriminação.
Não existem normais e deficientes; existem os diferentes, que somos todos, existem as pessoas, seres humanos com o direito a uma vida digna e feliz.
Os cursos de formação de professores (licenciatura e pedagogia) devem alterar seus currículos, de modo que os alunos, futuros professores, aprendam práticas de ensino adequadas às particularidades e reflexão teórica da educação inclusiva.
As secretarias de educação devem proporcionar aos seus professores, em exercício das suas atividades educativas, a oportunidade de fazerem uma reflexão, através de debates, cursos ou palestras e, além disso, proporcionar principalmente material para trabalhar com tais crianças. Visando a melhoria de seus conhecimentos e habilidades para melhor educar todos os seus alunos.
Acolher pessoas com diferenças desafiantes em nossas escolas e comunidades não é simplesmente para o bem delas; é antes para o bem de nossa própria saúde e de nossa própria sobrevivência. O que será de nós quando estivermos velhos? Se nós , agora não ensinarmos as crianças a serem inclusivas, acolhedoras, quando chegarmos a velhice, provavelmente , elas nos esquecerão!
Podemos comparar a inclusão com a Metáfora da gravidez. “Não se pode estar um pouco grávida, assim como não se pode estar um pouco incluída”. Quando a mulher engravida, muda tudo: seu corpo, seu estado de ânimo, seus desejos. Não há como incluir e não mudar. È muito difícil, mas também é maravilhoso. Se alguém não tivesse ficado grávida, nós não estaríamos aqui; se alguém não nos tivesse incluído, nós não estaríamos aqui. Se nós não incluirmos agora, talvez, ninguém nos incluirá no futuro.
Aluna: Vitória Colussi 8ª Série da EBM Giuseppe Sette
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